CNPJ para representante comercial é um tema que tem ganhado mais relevância entre profissionais autônomos e vendedores que desejam formalizar suas atividades e conquistar mais oportunidades no mercado.
A formalização não é apenas uma exigência legal em muitos casos, mas também uma estratégia inteligente para garantir mais segurança, credibilidade e vantagens fiscais.
Se você atua ou pretende atuar como representante comercial, é essencial entender como abrir um CNPJ, qual o tipo de empresa mais adequado, como funciona a tributação e quais são suas obrigações mensais. Este artigo foi criado para explicar tudo isso de forma clara, prática e objetiva, mesmo que você ainda esteja começando ou já tenha alguma experiência na área.
O que faz um representante comercial?
O representante comercial é um profissional que atua como intermediário entre uma empresa e seus clientes, com o objetivo de promover vendas, fechar contratos ou apresentar produtos e serviços.
Diferentemente de um vendedor contratado diretamente, o representante atua de forma autônoma, com liberdade para gerenciar sua própria carteira de clientes e rotinas comerciais.
Essa atividade é regulamentada pela Lei nº 4.886/65, que define os direitos e deveres desses profissionais, inclusive no que diz respeito à necessidade de regularização e registro em órgãos competentes, como o Conselho Regional dos Representantes Comerciais
Atuação autônoma x com CNPJ
A atuação como autônomo, sem CNPJ, ainda é comum entre representantes iniciantes, mas pode trazer limitações:
Sem CNPJ | Com CNPJ |
Dificuldade para emitir nota fiscal | Emissão de NF e formalização do serviço |
Menor credibilidade perante empresas | Mais confiança e profissionalismo |
Não pode atuar em grandes contratos | Pode prestar serviços a empresas maiores |
Tributação de 27,5% como pessoa física | Tributação mais leve e simplificada |
Por esses motivos, abrir um CNPJ para representante comercial é o caminho mais indicado para quem deseja crescer e atuar de forma regularizada no mercado.
Tipos de empresa para representantes comerciais
Na hora de abrir um CNPJ para representante comercial, uma das etapas mais importantes é definir o tipo jurídico da empresa. Essa escolha influencia diretamente na forma de tributação, no grau de responsabilidade legal do titular e na viabilidade de crescimento do negócio. Muitos representantes iniciantes cometem erros logo nessa fase, por falta de orientação especializada.
A seguir, explicamos os principais tipos de empresa que um representante comercial pode abrir, com suas vantagens e limitações.
MEI (Microempreendedor Individual) é permitido?
Essa dúvida é bastante comum, principalmente entre profissionais que estão começando. O MEI é um modelo simplificado e com baixa carga tributária, mas infelizmente não é permitido para representantes comerciais.
O motivo é que a atividade de representação comercial não está listada entre as ocupações autorizadas para o MEI, segundo as regras do Comitê Gestor do Simples Nacional. Além disso, trata-se de uma profissão regulamentada por lei e que exige registro no Conselho Regional dos Representantes Comerciais (CORE), o que inviabiliza a formalização como microempreendedor.
Se você pretende exercer essa atividade de maneira formal, o MEI está fora de cogitação.
Empresário Individual (EI)
O Empresário Individual é uma forma simples de abertura de empresa, indicada para quem deseja trabalhar sozinho e sem a participação de sócios. Nesse modelo, o profissional atua em nome próprio, sem separação entre o patrimônio da empresa e o pessoal.
Essa é uma opção viável para representantes comerciais que desejam começar com estrutura enxuta. No entanto, há um ponto de atenção: caso haja dívidas, o empresário responde com seus bens particulares. Isso significa que não há blindagem patrimonial nesse modelo.
Sociedade Limitada (LTDA)
A Sociedade Limitada é uma das formas mais tradicionais de empresa no Brasil. Ela exige a participação de, no mínimo, dois sócios, e oferece proteção patrimonial, ou seja, os sócios não respondem com seus bens pessoais pelas dívidas da empresa.
Para representantes comerciais que desejam atuar em parceria com outros profissionais ou montar uma estrutura mais robusta, essa é uma excelente alternativa. A LTDA permite dividir responsabilidades, ampliar a carteira de clientes e aumentar o poder de negociação com empresas contratantes.
É importante lembrar que esse tipo de empresa exige um contrato social bem estruturado e acompanhamento contábil regular.
Sociedade Unipessoal Limitada
Esse modelo foi criado para permitir que uma única pessoa possa abrir uma empresa com as mesmas vantagens jurídicas da Sociedade Limitada. Ou seja, mesmo sem sócio, o empresário tem a proteção dos seus bens pessoais contra eventuais dívidas da empresa.
A Sociedade Unipessoal Limitada é considerada hoje uma das melhores opções para o representante comercial que atua sozinho, mas deseja formalizar seu negócio de forma mais segura e profissional. Ela permite adesão ao Simples Nacional, tem boa aceitação no mercado e transmite seriedade aos contratantes.
Apesar de ter um custo inicial um pouco maior do que o Empresário Individual, essa forma jurídica proporciona mais tranquilidade e estrutura para o crescimento do negócio.
Por se tratar de uma escolha que afeta diretamente a sua atuação e o futuro do seu negócio, é fundamental contar com uma contabilidade especializada, que conheça as exigências da sua atividade e possa orientar desde o início.
Na Nexcont Soluções Contábeis, você conta com uma equipe preparada para cuidar de todo o processo de abertura, enquadramento e regularização do seu CNPJ com segurança, agilidade e foco total na sua área de atuação.
CNAE para representante comercial
Ao abrir um CNPJ para representante comercial, um dos pontos mais importantes é a escolha correta do CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas). Esse código determina não apenas a atividade principal da sua empresa, mas também tem impacto direto na tributação, nas obrigações acessórias e na regularização do negócio perante órgãos como a Receita Federal, a Prefeitura e o CORE.
Escolher o CNAE errado pode gerar problemas sérios, como pagamento de impostos indevidos, bloqueio do Simples Nacional, autuações fiscais e até dificuldades para emissão de notas fiscais.
CNAE: o que significa e qual a relevância na formalização de uma empresa?
O CNAE é um código utilizado pelo governo para classificar as atividades econômicas das empresas no Brasil. Cada número corresponde a uma atividade específica. No caso de quem atua na área de representação comercial, há códigos próprios que devem ser utilizados conforme o segmento de mercado atendido.
Além disso, o CNAE serve como base para definir:
- O regime tributário permitido para a empresa (Simples, Lucro Presumido ou Lucro Real)
- A necessidade de licenças e alvarás específicos
- A possibilidade de enquadramento em benefícios fiscais ou não
- As exigências de órgãos reguladores, como o CORE
Por isso, preencher essa informação de forma equivocada pode trazer diversos transtornos.
CNAE correto para atividades de representação comercial
Para quem trabalha com representação de produtos, bens ou serviços em nome de outras empresas, o código CNAE mais utilizado é:
CNAE 4619-2/00: Atividades gerais de intermediação comercial sem segmentação específica
Esse CNAE abrange profissionais que atuam como intermediários comerciais, mas que não estão vinculados a uma categoria específica de produtos, podendo representar diversas marcas de diferentes segmentos, desde que não haja especialização em uma única linha.
Riscos de escolher o CNAE errado
Muitos representantes comerciais acabam utilizando um CNAE mais genérico ou incorreto na tentativa de simplificar o processo. Isso é um erro comum, mas que pode custar caro. Veja alguns dos problemas que isso pode causar:
Desenquadramento do Simples Nacional: determinados CNAEs impedem a adesão ou causam exclusão do regime simplificado.
Retenção indevida de impostos: o uso de um código incompatível com a atividade pode levar à retenção errada de tributos como ISS, PIS, COFINS e CSLL.
Problemas com fiscalização: caso o CNAE declarado não esteja alinhado com a atuação da empresa, há risco de autuações por parte da Receita Federal e da Prefeitura.
Dificuldades para obter alvarás e licenças: especialmente no âmbito municipal, o CNAE define os tipos de autorizações necessárias para funcionamento legal.
Por isso, a escolha do CNAE não deve ser feita de forma aleatória ou com base em suposições. Essa é uma etapa que exige análise técnica e conhecimento contábil especializado.
Contar com uma contabilidade experiente, como a Nexcont Soluções Contábeis, garante que o CNAE da sua empresa esteja adequado ao seu modelo de negócio, respeitando as exigências legais e fiscais da sua atividade como representante comercial. Assim, você evita dores de cabeça e garante um início de operação muito mais tranquilo.
Tributação para representantes comerciais com CNPJ
Depois de abrir o CNPJ para representante comercial, entender como será feita a tributação da empresa é essencial. A forma como os impostos são calculados depende do regime tributário escolhido e da estrutura da empresa. Uma decisão mal feita aqui pode aumentar consideravelmente os custos do seu negócio.
Simples Nacional: permitido, mas com restrições
O Simples Nacional é uma opção viável para representantes comerciais, mas exige atenção. A atividade está enquadrada nos Anexos III e V da tabela do Simples, e o que define a qual anexo sua empresa pertence é o Fator R.
Esse fator analisa a relação entre a folha de pagamento e o faturamento bruto dos últimos 12 meses. Se sua empresa gasta pelo menos 28% do faturamento com pró-labore, salários e encargos, ela pode ser tributada pelo Anexo III, com alíquotas a partir de 6%.
Mas se esse percentual for menor, a tributação vai automaticamente para o Anexo V, onde a carga começa em 15,5% e pode subir conforme o faturamento.
Essa análise precisa ser feita com base em cálculos contábeis mensais, e por isso é fundamental ter o suporte de uma contabilidade especializada, como a Nexcont Soluções Contábeis, que monitora o Fator R e ajusta sua tributação para garantir economia e segurança.

Lucro Presumido: simples e vantajoso em muitos casos
Quando o Simples Nacional não é vantajoso, o Lucro Presumido costuma ser a melhor alternativa. Neste regime, o governo presume que 32% do faturamento corresponde ao lucro, e os impostos incidem sobre essa base.
A carga tributária final gira em torno de 13% a 16%, dependendo da cidade e do valor do ISS.
Lucro Real: somente em situações específicas
O Lucro Real é obrigatório apenas para empresas com faturamento muito alto ou atividades específicas. Ele exige apuração mensal detalhada de receitas e despesas, e por isso tem alto custo operacional. Para a maioria dos representantes comerciais, não é indicado.
Ter um CNPJ para representante comercial significa mais oportunidades, mas também mais responsabilidade fiscal. Uma escolha errada de regime ou falhas no controle tributário podem impactar diretamente no lucro.
Na Nexcont Soluções Contábeis, ajudamos você a definir o melhor regime, acompanhar o Fator R e manter sua empresa 100% regularizada, com o menor custo tributário possível.
Conclusão: Vale a pena abrir um CNPJ para representante comercial?
Sim, abrir um CNPJ para representante comercial vale muito a pena, especialmente para quem deseja crescer de forma profissional, fechar contratos maiores e reduzir a carga tributária. Atuar como pessoa física limita a emissão de notas fiscais, dificulta a entrada em empresas maiores e ainda pode gerar mais impostos sobre os rendimentos.
Ao formalizar sua atividade, você passa a ter acesso a benefícios como:
- Emissão de nota fiscal
- Redução legal de impostos
- Mais credibilidade com clientes e empresas contratantes
- Facilidade para obter crédito e expandir o negócio
- Atuação dentro da legalidade, com registro no CORE
Claro que, junto com os benefícios, também vêm responsabilidades: pagamento de tributos, obrigações contábeis e a escolha correta de enquadramento. Mas tudo isso pode ser feito de forma segura e estratégica quando se conta com o suporte certo.
Por isso, se você atua ou quer atuar como representante comercial, o primeiro passo é estruturar o negócio da forma certa e isso começa com o CNPJ.
A Nexcont Soluções Contábeis cuida de toda a burocracia por você, desde a abertura do CNPJ até a escolha do regime tributário ideal, sempre com foco na redução de custos e no crescimento sustentável da sua empresa. Entre em contato e formalize sua empresa com confiança.
Perguntas frequentes sobre CNPJ para representante comercial
1. Representante comercial pode ser MEI?
Não. A atividade de representação comercial não é permitida no MEI. Isso ocorre porque ela é regulamentada por lei e exige registro no CORE, o que está fora das ocupações aceitas para microempreendedores individuais. Nesse caso, é preciso abrir um CNPJ para representante comercial em outras modalidades, como Empresário Individual, LTDA ou Sociedade Unipessoal.
2. Qual o CNAE correto para representante comercial?
O CNAE mais comum para quem deseja abrir um CNPJ para representante comercial é o 46.19-2/00, que se refere a representantes e agentes do comércio de mercadorias em geral, sem especialização específica. No entanto, existem outros CNAEs mais específicos conforme o setor em que o representante atua, como construção, eletrodomésticos ou indústria.
3. Preciso me registrar no CORE mesmo com CNPJ?
Sim. O registro no CORE (Conselho Regional dos Representantes Comerciais) é obrigatório para quem atua com representação, mesmo após abrir o CNPJ para representante comercial. Sem esse registro, a atividade é considerada irregular e pode gerar sanções.
4. Quanto tempo demora para abrir um CNPJ para representante comercial?
Com toda a documentação correta e o suporte de um contador, o tempo para abrir um CNPJ para representante comercial pode variar conforme o estado e o município, devido às exigências da Junta Comercial e da prefeitura. Com a Nexcont, esse processo é realizado de forma ágil, segura e com total orientação do início ao fim.
Leia também:
Contabilidade em Osasco: Abertura de CNPJ